SAUDADES

Dia 26 de maio, nosso querido amigo Humberto nos deixou.
Ele faleceu aos 37 anos, deixando muita saudade, carinho e textos.
Estes textos continuarão a ser publicados por mim, aqui no blog.
Meu nome é Cibele e tive a enorme felicidade de conviver com um homem lindo, um ser humano maravilhoso que sempre tentou acreditar que este nosso mundo poderia ser melhor, tive a imensa felicidade de ser a noiva a mulher deste homem e serei para sempre essa mulher que ele ensinou a amar e a sorrir.
Em nome da família Revolta eu agradeço pelo carinho de todos que freqüentam este blog.
Estarei como ele queria postando todos os textos que ele nos deixou.
Um grande abraço a todos os leitores.
Cibele Cutrim.

MEDO

O medo talvez seja um dos maiores empecilhos e ao mesmo tempo um dos maiores aliados em nossa vida.

Muitos dizem que o medo é que nos impede de progredirmos de forma adequada, de atingir todo o nosso potencial. Outros acham que o medo é que nos mantém vivos e faz com que sejamos tão adaptáveis aos riscos da vida diária.

Acho que o maior problema é quando o medo é descontrolado, quando ele nos afeta de uma forma que nos prejudica de maneira contundente. E com isso, não quero apenas falar das fobias e coisas do gênero, que para mim,  entram em um outro nível de medo. Falo daquele medo do dia a dia. Aquele que fica nos incomodando o pensamento, aquele que aparece quando andamos por uma rua escura e deserta no fim da noite, aquele que nos faz desconfiar das pessoas, aquele que teima em aparecer quando menos se espera.

Vocês, assim como eu, já devem ter notado que aquilo que mais tememos, raramente acontece, e se acontece é bem menos ruim do que quando o imaginamos. Em compensação, aquilo que nem sequer imaginamos ser possível de acontecer, sempre, ou quase sempre, acaba acontecendo. São as “surpresas da vida”, ou como muitos chamam: as peças que a vida nos prega.

Seja como for o medo pode ser tanto um aliado como um inimigo. É esse medo que ao mesmo tempo que nos atrapalha pode salvar nossas vidas. Para fazer mudá-lo de um para outro é preciso muito cuidado, já que a linha que divide os dois é bem tênue. Temos de manter o medo conosco, mas de forma que fique bem escondidinho, num local que não posso exercer nenhum domínio sobre nossos ações, mas que ao mesmo tempo possa nos alertar dos perigos. Só assim é que podemos usufruir desse aliado/inimigo, de maneira adequada.